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ARTIGO BRASILEIRO SOBRE AKATSUKI NO YONA: “Feminismo num mundo antigo” – Neo Tokyo, a gente te ama!

HELLO! Como vai? Tudo ótimo? Tudo bem?

Preciso confessar: estou encantada. Ontem fui às bancas da minha cidade como de costume e dou de cara com a nova edição da Neo Tokyo (revista brasileira financiada pela editora Escala), cujo título da capa era “A MULHER E O MANGÁ”.

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Capa da revista.

Não resisti, tive que folhear a revista. E, para minha enorme surpresa, encontro um artigo sobre Akatsuki no Yona.

Foi um choque.

Por quê? Primeiro: é shoujo. Raramente encontramos artigos grandes com foco nesta demografia. Segundo: a série não é tão famosa no Brasil. Quer dizer, recentemente se tornou bastante conhecida no território brasileiro graças ao trabalho árduo das scans nacionais (Sunshine no Niryuu Scanlation e Toshi wa Yume), por ter ganhado o PRIMEIRO LUGAR na Campanha Mais Shoujos no Brasil e, também, devido ao fandom extremamente insano:

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Eu não consigo parar de rir desse print… HUAHUSSHUSU

Além de quê, como comentei no meu post anterior sobre o abaixo-assinado para a publicação do mangá de Akatsuki no Yona no Brasil, essa obra escrita e ilustrada por Kusanagi Mizuho vendeu 4 milhões de cópias apenas no Japão. Conseguem imaginar o quão louco isso é para um shoujo? Ainda mais um shoujo de época? Enfim, só existe um significado para tal reflexo: o negócio é bom.

Sem mais delongas, irei deixar aqui as scans da matéria sobre AkaYona publicada pela Neo Tokyo. Vocês podem abrir as imagens em outra guia e aumentar a resolução. Estou sem o PS6, então desculpem a qualidade não muito boa.

CLIQUEM DIRETAMENTE NA IMAGEM PRA VISUALIZAR!

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OBS: MINHA SCANS NÃO ESTÃO TORTAS PORQUE ESCANEEI ERRADO, A MATÉRIA DE ANY VEIO COM AS DIMENSÕES EXTREMAMENTE TORTAS, ATÉ AS COLUNAS. EU MESMA MEDI AS LATERAIS E CONFIRMEI. Voltei novamente na banca para comparar minha edição com as outras do estoque e o erro fora o mesmo. Fique MUITO incomodada com isso, mas fazer o quê… o importante é que vocês consigam ler a matéria. Enfim, seria BOM se a Neo Tokyo ficasse mais atenta para esse tipo de problema e evitar transtornos futuros.

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E aí, gostaram?

Como a própria autora do artigo disse: os fãs estão berrando por uma segunda temporada e acredito que ela virá o quanto antes. Talvez seremos pegos de surpresa? Acredito e espero que sim, pois é uma obra bastante cativante. 

Única coisa que não concordei muito foi sobre as cenas de comédia e “piadas”. Eu não acho as cenas de Akatsuki no Yona nenhum pouco chatas ou forçadas, e olha que eu já assisti muitos animes e li muitos mangás para comparar. Além disso, acho que esse é um dos pontos fortes da obra e que evolui muito mais NO MANGÁ – de um jeito que fica quase imperceptível não se familiar com a naturalidade que as coisas acontecem. Aliás, eu acho os bonequinhos em SD legais e, bem… eu li o mangá 7x e não vi exagero nenhum, não é como se a gente tivesse lendo os primeiros capítulos de Fullmetal. Talvez seja apenas um gosto particular da pessoa que escreveu o artigo, não sei. 

Particular ou não, este ainda continua sendo um fato inegável: sem comédia,  Akatsuki no Yona não ganharia a fama de “divertido”.

Quem leu a obra e acompanha quinzenalmente, entenderá o que estou dizendo. É extremamente cativante e a leitura flui de um jeito inexplicável, justamente porque tudo acontece de um jeito bastante natural e divertido. Aliás, as piadas do Hak perante à Yona cessão com o tempo e isso é uma coisa muito terna de se ver, porque conseguimos enxergar o desenvolvimento do personagem quanto ao amor, maturidade e sinceridade.

Mas – por outro lado – uma coisa foi certeira nessa matéria. 

“Não entendo essa galera fanática por Akatsuki no Yona. O que diabos tem de tão bom?”

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Quando a indústria entenderá? A gente gosta é de shoujo assim! 

Os tempos mudam, os ideias também. Não existe um esteriótipo que defina a mulher antes dos anos 90, durante os anos 90 ou depois dos anos 90, mas se existisse um que todas gostariam de ter taxado bem no meio da cara… seria força. 

E FINALMENTE: Neo Tokyo, muito obrigada por criar um artigo sobre um shoujo que representa um pouco da luta do feminismo pelo mundo e que, apesar da cronologia, transcende épocas!   

Obrigada por darem um espacinho para Akatsuki no Yona na revista de vocês!

 

 

 

– See you space cowboy

5 comentários em “ARTIGO BRASILEIRO SOBRE AKATSUKI NO YONA: “Feminismo num mundo antigo” – Neo Tokyo, a gente te ama!”

  1. Uma ótima matéria, embora depois de reler, muitos pontos negativos tenham saltado aos olhos… Achei um tanto tendenciosa, pra mim deveria ter sido mais imparcial mas faze o que né hausdhausdhads também não concordei muito sobre a questão do humor em akayona, acho esse detalhe na obra tão legal, é o que dá toda a fluidez da leitura y.y realmente deve ser uma particularidade de quem escreveu a matéria [daí voltamos para a questão da imparcialidade né, mas enfim] fez praticamente todo o resumo do anime né ahsudhsauhas por isso acho que ela não é tão indicada assim para quem ainda não viu ou leu o mangá :/ tirando isso é uma ótima matéria, aborda um ponto bastante interessante sobre feminismo, embora de forma bem superficial, a chamada nos deixa com a impressão de que falará mais, mas no final das contas nem fala tanto. Outro motivo para amar tanto a obra * – * ter a Yona toda empoderada numa sociedade como aquela é sensacional ❤
    Talvez esteja sendo bem crítica quanto ao que escreveram, mas eu esperava mais de uma matéria com esse titulo:/ O que vc acha Sah?

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    1. Parece que a opinião quanto à comédia de Akatsuki no Yona neste artigo foi unânime: todo mundo, inclusive no post que a página oficial de AkaYona compartilhou, está discordando. Enfim, todo mundo tem sua opinião – mas ainda continua inegável que a comédia não é forçada, caso contrário teria muita gente reclamando. Sobre o que você comentou em relação ao “resumo”: eu achei um pouco exagerado e realmente não seria um artigo recomendado para quem quer começar a obra kkkk justamente porque é um resumo contanto do início ao fim o que acontece no anime, seria mais interessante ter deixado uma sinopse não tãããõoo aprofundada (geral) que instigasse a curiosidade do leitor. Talvez estejamos sendo muito críticas? Provavelmente – visto que é um mangá bastante complexo em relações humanas e muuuito querido pelo fandom. Além disso, eu também esperei mais da matéria com tal título. Como posso dizer, empoderamento feminino não significa apenas aprender a usar armas, entrar em lutas e etc… essa é uma visão genética da coisa, o que torna a protagonista de AnY foda não é apenas isso, é o fato dela querer quebrar paradigmas que persistem na sociedade ATÉ HOJE num mundo antigo. E isso me lembrou bastante Saiunkoku Monogatari, uma obra que esperei ser GRITADA nessa matéria – justamente porque ela é a representação PURA do feminismo na China Antiga! Aliás, a obra foi tão querida que ganhou 2 TEMPORADAS de 39 episódios e 9 especiais entre 2006-2008 pela MadHouse.

      Resumindo: fã que é fããã… se torna bastante exigente kkkk eu sou um grande exemplo disso. Mas sério, foi muito recompensador ver AnY na Neo Tokyo. A matéria teve seus equívocos, mas vou guardá-la com muito carinho na minha estante.

      (Desculpa, me empolguei e acabei digitando demais)

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  2. Adorei esse artigo. Já tá na hora de ter umas protagonistas fortes, principalmente em shoujo. E isso é uma coisa ótima! A Yona se esforçando pra melhorar, pra ajudar as pessoas e os amigos, me deixa cheia de orgulho. Mais autores podiam seguir o exemplo de AnY. Mas discordo em duas coisas. Uma a que você discordou também. Eu acho as cenas de comédia muito engraçadas, as piadas também, e os bonequinhos SD. Não vejo sendo forçado. E outra coisa. Se dedicar à família não é desvalorizar a personagem. Yona, Yoon, se dedicam à “família” deles, e não são menos por isso. O Yoon sendo o maior exemplo disso, ele que sempre cuida de todo mundo, e é essencial para o bando faminto. Também não seria AnY se fosse só isso, sem as lutas e tal, mas não dá pra construir uma vida só de lutas. Minha humilde opinião.

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    1. Olá, Luciana! Muito obrigada por comentar aqui no blog! XD

      Eu também gostei bastante do artigo, mas acredito que a autora se equivocou em algumas coisas também. A comédia de AnY não é NENHUM POUCO forçada e se dedicar à família não deve ser visto como um ponto negativo. A questão é “de que maneira isso será abordado na história?”. Comédia em lugares inconvenientes (em lutas, por exemplo), cenas voltadas ao reconforto familiar (figura de Yun), romance clichê e não clichê… tudo isso não é inútil, impróprio ou ultrapassado. Porque, são exatamente essas características que fazem Akatsuki no Yona ser uma obra extremamente singela e humana. Bem, é isso o que penso também. Talvez faltou uma escolha melhor de sentenças e uma visão mais ampla da pessoa que escreveu este artigo, porque é um pouco frustrante ela justificar os pseudos erros apenas com:

      “Em compensação, as cenas de batalhas são ótimas.”

      Como você disse, “não dá pra construir uma vida só de lutas” e a gente BEM SABE que esse não é único ponto forte de Akatsuki no Yona. Quer dizer, esse não é ponto crucial que fez o mangá chegar a tamanho sucesso.

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